terça-feira, 14 de junho de 2011

Para o meu AMOR.




Soneto do Amor Total


Amo-te tanto, meu amor... não cante 
O humano coração com mais verdade... 
Amo-te como amigo e como amante 
Numa sempre diversa realidade.


Amo-te afim, de um calmo amor prestante 
E te amo além, presente na saudade 
Amo-te, enfim, com grande liberdade 
Dentro da eternidade e a cada instante.


Amo-te como um bicho, simplesmente 
De um amor sem mistério e sem virtude 
Com um desejo maciço e permanente.


E de te amar assim, muito e amiúde 
É que um dia em teu corpo de repente 
Hei de morrer de amar mais do que pude.



Vinicius de Moraes.

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